Os tropeiros passam e vão colonizando o Paraná
Faz muito tempo que, nos idos do século dezesseis, os portugueses trouxeram as primeiros cabeças de gado cavalar e vacum para várias regiões do Brasil.
No século dezoito, desenvolveu-se o comércio de tropas, especilamente de muares, tangidos das coxilhas e planícies do Rio Grande so Sul até as feiras de Sorocaba em SP.
Junto com as tropas, seguia a figura solitária do tropeiro, acompanhado de seus índios e negros escravos. A sua presença anima os caminhos por onde passavam, os campos e as floresta por onde se podia escutar o tilintar do cincerro da madrinheira. Era um arma, por isso o tropeiro deveria ser forte, ter boa saúde e muita paciência. Ser tropeiro era um arte e um ofício que tinha de ser aprendido desde de cedo.
Uma figura importante na caminhada da tropa era o cozinheiro. Ele era responsável pelas refeições e tinha que usar toda sua criatividade para prepará-la com ingredientes que os tropeiros conseguiam carregar.
Os principais alimentos eram o arroz, a carne seca, a farinha de mandioca e o feijão tropeiro.
Quando a tropa acampava, enquanto o cozinheiro preparava a refeição, os outros cuidavam de diversos afazeres:
Quando a tropa acampava, enquanto o cozinheiro preparava a refeição, os outros cuidavam de diversos afazeres:
Era preciso reparar as feraduras dos cavalos, curar ferimentos dos animais, leva-los ao pasto e para beber água.
O lugar escolhido para descanso dos tropeiros tinha que ser muito especial.
Depois do trabalho, todos se reuniam para comer e esperar a noite chegar.
Então, a música da viola e da sanfona faziam o fundo para as histórias e os causos que eram contados por um e outro.
Para enfrentar o frio, o transporte a cavalo e as horas de viagem, a vestimenta tinha que ser bem confortável e quente-o poncho e a bombacha tornaram-se as roupas típicas dos tropeiros. Além disso havia a guaiaca-cinto para carregar valores-e o chapéu simples,com coco arrendondado. Outros asessorios acompanhavam a figura de um tropeiro de verdade, com uma garrucha; as bruacas-para transportar louças, alimentos e ferramentas nos lombos das mulas-;o tirador-proteção de couro para o laço não atrapalhar a calça.
Pela manhã, a tropa tinha que seguir viagem. Os animais eram reunidos e contados. O chimarrão passava de mão em mão. Após a primeira refeição, sempre acompanhada do mate e do café, era hora de partir.
Uma viagem podia durar meses e o tropeiro tinha um só objetivo-chegar a seu destino com a tropa intacta. Pelo caminho, além das dificuldades naturais, os tropeiros encontravam paisagens incantadoras, como as dos Campos Gerais, vegetações originadas a mata das Araucárias e animais, sirienas,lobos guarás e veados.
Para ser respeitado, um tropeiro precisava ser um bom arribador, isto ser um hábil e encontrar reses perdidas e traze-las de votla ao rebanho.
Muito mais que uma presença física, os tropeiros iam deixando fragmentos de cultura: Pequenos povoados, modos de falar, costumes e sentimentos...Eles servaim de correios, prestavam primeiros socorros médicos, aceitavam incomentdas e faziam as vezes de jornalistas.
A história do tropeirismo é a verdadeira história da colonização do Paraná em lombo de mulas. Uma colonização de mais de um seguculo que teve por base a existência de bons pastos nativos, da água abundante e da figura deste home original, nômade e prática em busca de fortuna-o tropeiro.
História do cotidiano paranaense
Schimidt, Maria Auxiliadora M.S
Editora: Letra Viva
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